Quem me conhece sabe muito bem que essa é uma das frases norteiam a minha vida já faz algum tempo, numa das muitas vezes que eu assisti a Noviça Rebelde na televisão essa frase de repente chegou aos meus ouvidos e fez tanto sentido... Eu simplesmente sabia que ela era verdadeira! O problema é que as vezes a gente esquece das coisas e elas precisam ser lembradas, algumas vezes sutilmente, outras vezes nem tanto...
Bom, o ano de 2008 passou e sempre que eu tinha um dinheiro sobrando e alguém com disposição pra ir ao teatro, lá ia eu rumo ao Oi CasaGrande e já começava a tremer quando chegava perto e via ao grande luminoso do lado de fora com uma Noviça queridíssima em rosa choque de braços abertos; sabia que o sonho estava pra recomeçar. De 10 de julho a 20 de dezembro foram algumas visitas ao teatro (todas maravilhosas): levei pessoas muito queridas pra assistir comigo, conheci Kiara Sasso pessoalmente (e me deu uma tremedeira!!! Tudo culpa daqueles olhos azuis), comecei a cuidar mais de mim mesma e a fazer aula de canto, coisa que eu sempre quis fazer e nunca pude.
Meu mundinho virtual também não ficou parado, entrei para as comunidades da Noviça Rebelde (o musical, que fique bem claro) e de Kiara Sasso no Orkut, lá conheci algumas pessoas maravilhosas que com o tempo teria o orgulho e o prazer de chamar de amigas, entre elas estão duas das pessoas a quem esse texto é dedicado: Annelise e Carla Mariza. Ok, pausa antes de continuar, não consigo mais chamá-las assim tão formal... daqui por diante Annelise é Anne e Carla Mariza é Carlinha!
Levanta a mão quem faz parte de uma das comunidades as quais Anne faz parte e passou impunemente por um de seus textos, alguém conseguiu não notar, não se emocionar e não se impressionar com as palavras fortes, a opinião sincera e a paixão com a qual ela escreve? Pois bem, apesar do aviso intimidante que tinha no perfil dela (e que hoje já não existe) eu resolvi arriscar e começar a conversar, um scrap aqui outro ali, no fim pedi pra ela me adicionar e para minha surpresa ela disse que não haveria problemas. Bom, não sei quando foi isso, fico devendo a data, só sei que de lá pra cá muita coisa já aconteceu, algum tempo já passou e nosso contato só aumentou ao invés de diminuir como acontece muitas vezes por aqui.
E exatamente porque a gente começou a conversar mais é que outra pessoa começou a fazer parte do meu mundo, Carlinha... comecei a prestar atenção também nas coisas que ela escrevia, opiniões igualmente fortes, mais sucintas, opinião de gente que fala pouco, mas que sabe muito bem do que está falando. Imediatamente criei um respeito e uma admiração muito grande por ela; nem sei se ela sabe disso, mas escuto muito o que ela diz, mesmo que as vezes não fale nada, que seja só uma expressão; adoro ouvi-la cantar, seja por vídeo no youtube ou ao vivo no meio da cidade barulhenta!
Oportunidades não se perdem e eu não perderia a minha por nada nesse mundo, então mesmo tendo sido avisada em cima da hora, no dia 20 de dezembro estava eu com meu ingresso na mão e o coração aos pulos pra mais uma sessão da Noviça. Foi muito difícil chegar ao teatro naquele dia, pois haveria uma Parada de Papai Noel (em comemoração ao Natal) em Copacabana e o trânsito na zona sul estava parado! Xinguei tanto Papai Noel nesse dia!!! Cheguei ao teatro correndo, esbaforida, me joguei na poltrona, não tive nem coragem de ir falar com as meninas, esperei elas virem até mim; como é bom conhecer alguém de verdade, sentir a proximidade de um abraço e de um sorriso sincero. A Noviça aquele dia teve um clima todo especial, além da mágica já habitual foi a primeira vez que dividi a platéia com pessoas que tinham tanto em comum comigo!
O primeiro ato foi tranqüilo, meio inacreditável, três pares de olhos brilhavam e três corações pulavam no peito de tanta emoção; o intervalo chegou e só então pudemos de fato conversar, estávamos ainda nos conhecendo quando uma pessoa se aproxima, pede licença e fala nossos nomes... fala nossos nomes? Como assim? Quem é essa doida que sabe o nome da gente? Será que estávamos sendo seguidas? Claro que não, era mais uma fã de carteirinha da Noviça, Márcia!
Furacão que me desculpe, mas naquele dia ela estava em recesso, quem chegou arrasando foi a Márcia mesmo; como eu ia saber naquele dia o quão especial ela viria ser na minha vida?! Como eu ia saber naquele dia que uma nova família estava começando a se formar e que alguns meses depois ela não seria mais nem o contato no Orkut e nem a fã da Noviça, também não seria mais uma amiga, seria minha Mamy?! Que me faria cometer loucuras, tipo ir pra São Paulo duas vezes no mesmo mês; que não acharia meus devaneios bobagens ou impossíveis... vou usar então uma frase beeem conhecida aqui pra te dizer Mamy que “já não há retorno mais”!
Aliás, não há retorno mesmo depois que se entra nesse mundo maravilhoso dos musicais! O segundo ato foi um pouco mais emocionante, talvez por se aproximar do fim, ou pra acompanhar os acontecimentos mais tensos que o compõem, seja como for, saímos as três do teatro elevadas e fomos esperar a saída dos artistas. Kiara Sasso é a primeira que sai; a expressão no rosto e o abraço que ela deu ao ver as meninas que tinham vindo de longe para vê-la é algo que nunca vou esquecer, ficamos um pouco por ali; depois saiu Saulo Vasconcelos e da mesma forma ficou muito feliz de ver Anne e Carlinha ali na porta... estava tudo um sonho, mas eu tinha que me lembrar que já era quase 1hr da manhã e eu ainda precisava cruzar a cidade sozinha num táxi pra voltar pra casa. Me despedi das meninas e lá fui eu pro ponto.
É claro que tive que esperar uns 10 minutos até aparecer um carro pra levar e aí o motorista pergunta pra onde eu estava indo, falei o nome do bairro e a pessoa que estava atrás de mim fala numa voz, macia, mansa que estava indo pro mesmo lugar, sugere que dividamos o taxi; quase entrei em choque quando vi que era ninguém menos que Ester Elias. Claro que eu aceitei! Levou cerca de cinco minutos para que eu ficasse impressionada com a sua simplicidade, com o amor com que falava da história e do carinho com que recordava as sessões que tinha feito. Fiquei tão boba naquele dia, que estava com a câmera na mão e nem lembrei de tirar uma foto! Só depois que cheguei em casa eufórica foi que me dei conta disso; mas sem problemas, duas semanas depois eu voltei ao teatro e resolvi esse probleminha. Naquele dia quando eu cheguei em casa eu soube que tinha Deus tinha colocado mais um Anjo na minha vida, que um seria pouco! De fato, todas as vezes que eu tive oportunidade de encontrá-la e de falar com ela, é sempre tão cheio de verdade e de carinho que me emociona e me conquista sempre um pouco mais.
Alguém aí teve paciência de ler o que escrevi até agora???
Por hoje chega, mas está longe de ser o fim! Essas mesmas pessoas de hoje serão relembradas no final dessa saga e ainda mais uma. Mas para o próximo texto: Nata, Charles Fouquet, Leo Ladeira e Avenida Q (ta achando estranho? Aguarde para ler).
Beijinhos...