É engraçado como muita coisa acontece na nossa vida, nos marca (independente de serem coisas boas ou ruins) e mesmo assim não somos capazes de parar por um momento e deixá-las registradas onde quer que seja. Ergo o braço e reconheço, não sem pesar: Culpada! Sou uma dessas pessoas. Já faz quase um ano que eu abandonei esse espaço aqui que me é tão caro, um lugar onde posso expor meus pensamentos... seria muito repetitivo pedir desculpas mais uma vez, isso virou tema de abertura dos textos; fico com um pensamento, só mais um dentre tantos que exponho aqui, será que havia afinal um objetivo pra nossas avós (ou bisavós, tataravós...) terem tido um diário afinal? Daqueles que estabelecem uma rotina sagrada de não ir pra casa antes de se escrever qualquer coisa que seja antes?
domingo, 21 de junho de 2009
SURPRESAS

Pois bem, eu queria escrever alguma coisa que eu não sabia bem o que era, daí saí a busca de uma imagem que me inspirasse. Eu tinha algumas coisas na cabeça: amigos com quem compartilho idéias e interesses, que nasceram a partir de lugares e situações mais improváveis e inusitadas, que moram pertinho ou longe pacas, mas de quem me sinto próxima mesmo assim. Uma data especial (pra mim) que se aproxima; receber palavras carinhosas de pessoas que eu não esperava e até mesmo, uma rápida retrospectiva (acho q isso ficou meio estranho) desse último ano. Tinha tudo isso na cabeça, um musical rolando na TV (e pra quem apostou, não era a Noviça Rebelde), duas amigas no MSN e um sentimento de impotência enorme no peito. Fui tentando pensar e conciliar tudo isso ao mesmo tempo e cheguei a um ponto de convergência, a vida é feita de pequenos milagres que a fazem valer a pena, e todos eles se apresentam pra nós sob a forma de surpresas.
Sim, eu acredito nisso de verdade, o que faz nossa vida valer a pena são os pequenos milagres que nela ocorrem; milagres que nos deixam com essa carinha assim de criança diante de um presente inesperado no Natal. Vou tentar falar de alguns deles aqui, começando do mais inesperado que eu já tive; não vou citar nomes porque acho que assim o texto fica mais abrangente, mas quem me conhece sabe exatamente do dia, da hora e quem estava comigo, pra quem ainda não ouviu essa história, é só me perguntar que eu conto ela novamente.
Um encontro, isso mesmo, um encontro não-planejado, não-esperado e que me fez ter certeza de que não sofro de nada grave no coração, ou teria tido um ataque com certeza. Foi em dezembro do ano passado, voltando pra casa depois de ter ido assistir uma peça do outro lado da cidade, um transito infernal, poucos (pra não dizer apenas 1) taxi no ponto e duas pessoas indo para o mesmo lugar, eu era uma delas a outra uma que se tornou muito querida a partir dessa data. Coincidência? Para alguns sim, para mim, foi providência Divina. Quantas vezes não cruzamos o olhar com uma pessoa e é pra sempre? Mesmo que ao longo da nossa caminhada, acabemos nos separando ou desencontrando; sempre vai haver a lembrança e aquele sentimento de carinho. Isso pra mim é milagre!
Outro então, amigos, esses são um milagre por si só, mas ainda assim vou falar de duas coisas diferentes a respeito deles. Velhos amigos, normalmente são as pessoas simplesmente passam pela vida da gente e apesar de nos ter marcado de alguma forma, a vida é cruel nesse ponto e nos empurra pra longe; daí um dia, como outro qualquer ou no meu caso, um dia em que eu precisava desesperadamente de colo, você obedece fielmente sua rotina noturna de dar uma passadinha no MSN e aí uma amiga com quem você não conversa há muito tempo vem falar com você como se tivesse sido ontem a última vez e no final, quando você desliga o PC tem certeza de que ela salvou a sua vida. Melhor ainda saber que aquele sentimento ainda está lá firme e forte, só com uma camadinha de poeira em cima.
E os novos amigos, aqueles que são doidinhos o suficiente pra gostar das mesmas coisas que você, e não só isso, são capazes de sair em busca delas estando pertinho ou longe ou muitoo longe mesmo; de assistir quinhentas vezes a mesma coisa e achar a coisa mais normal do mundo; ficar atento a cada detalhe só pra no final poder dizer: “Viu aquilo? Não tinha antes!”. Essas coisas que nem sempre são compreendidas, mas são tãoooo boas! Sair correndo do trabalho, pegar um trânsito infernal, elevar o nível de ansiedade ao ultimo fio de cabelo sem saber se vai chegar a tempo ou não pra no final ver as pessoas sorrindo e te abraçando quando te vêem, se divertir aos montes e já combinar o próximo encontro antes mesmo desse acabar, é ou não é um milagre?
Coisas pequenas como acordar um dia de manhã, abrir o Orkut e encontrar uma mensagem e um depoimento de pessoas que você não esperava e muito mais afetuosos do que poderia imaginar, não é um milagre? Não fazem nosso dia melhor e não nos surpreendem? Sair de casa um dia para assistir um musical (e agora sim estou falando da Noviça Rebelde) uma noite qualquer e sair do teatro de alma lavada e uma revolução na cabeça não é um milagre? Eu sei que me surpreendi com tudo que aconteceu depois desse dia (10 de julho de 2008) e com tudo que fui capaz de realizar depois disso. Pra mim foi o grande milagre do ano passado e a maior de todas as surpresas.
Por hoje chega, não vou ficar falando mais do que deveria (se é que já não o fiz), falar mais do que isso seria muito impessoal e não é essa a proposta aqui, também correria o risco de falar de coisas que quero guardar pra mim, sim, tenho dessas coisas, mas quem não tem? Acho que tive idéias para os próximos textos, quem sabe não funciona? É uma coisa que nunca pensei em escrever aqui antes... Muito obrigada aos meus milagres pessoais, todos aqueles que foram citados anonimamente aqui, mas que tenho certeza, sabem quem são.
E não, eu não esqueci nem fui injusta, o maior de todos os milagres da vida? Simplesmente estar viva e ter a minha família, meu chão, meu RUMO, meu amor!
Obrigadinha pela paciência de ler tudo até aqui!
Mil beijinhos.
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