
Não é sempre que a gente está disposto a escrever, sei disso tão bem quanto qualquer um que escreve pelos mesmos motivo que eu: pra desabafar, tentar organizar os pensamentos, mas acima de tudo, quem escreve por impulso! Já faz alguns dias que eu estou pensando nessa palavra tão simples e que ao mesmo tempo nos remete a uma profusão de sentimentos no mínimo intensos, confusos e até contraditórios.
O processo é mais ou menos assim: de alguma forma no cotidiano alguma coisa ou alguém se destaca e começa a crescer dentro de mim, tal qual uma bola de neve que rola montanha abaixo aumentando de tamanho cada vez que completa seu ciclo; em certo momento torna-se insuportável guardá-lo por mais tempo e de alguma forma tem que ser expandido, exposto. Como pode ser muito confuso e intenso, tento reduzir a uma palavra apenas, numa tentativa de simplificar algo complexo. Daí eu procuro uma imagem que possa traduzir tal palavra e ao mesmo tempo, que possa me indicar por onde começar a escrever.
Posso pensar em mil coisas, procurar de várias formas diferentes, mas só há uma explosão mental quando os olhos batem Naquela figura; é como se nela residisse todo o mistério que até então não sei explicar nem descrever em palavras. É como se de repente as idéias ficassem claras, abrem-se as cortinas da mente e você percebe que numa das paredes ocultadas pelo breu estava o texto pronto; ele sai como num “vomitado” intenso e de uma vez só. O melhor de tudo é que no final ele não só faz sentido como tenho a sensação de que foi uma das melhores produções que já tinha feito até então.
Não, eu não estou totalmente louca, sei que o titulo ainda não fez o menor sentido, assim como sei que não está interessado num manual de auto-ajuda; nem é esse o meu propósito, mas dessa vez, era importante que o leitor tivesse ciência disso. Porque dessa vez o processo foi rápido e estava (ainda está na verdade) gritando dentro de mim essa simples palavrinha.
Fazem mais ou menos 3 ou 4 dias que uma máxima da sabedoria popular não sai da minha mente “a gente só dá valor ao que tem quando perde”, eu detesto, mas vou ter que concordar dessa vez. Ao contrario do que pode estar pensando, é muito menos mórbido, pelo menos dessa vez! Ninguém morreu nem está nas últimas, nenhum amigo querido ou parente vai se mudar pro outro lado do mundo, também não briguei com ninguém a ponto de cortar relações; apenas estou sentindo falta de algo subitamente retirado do meu dia-a-dia.
Sentimento engraçado esse que é bom e ruim ao mesmo tempo! Parece contraditório eu sei, incompatível, mas não é; muito pelo contrário, os termos dessa contradição caminham de mãos dadas lado a lado. É ruim porque ninguém gosta de ficar longe de quem se ama, ou pelo menos, de quem se gosta muito, é angustiante, frustrante, um horrível sentimento de impotência se aloja em nós e a maior parte do tempo só dá vontade mesmo é de se recolher, ficar deitado quietinho, debaixo de um edredom assistindo filmes no melhor estilo “sessão da tarde” na televisão de preferência comendo pipoca ou tomando vinho. Até que o tempo, que cura todos os males, ou que pelo menos os faz adormecer, agir e transformar esse imenso vazio numa saudade gostosa.
Difícil é olhar pela janela e ver que a cidade é enorme, em algum lugar num daqueles pontinhos brilhantes de luz está a causa de ter saudades, mesmo assim não se pode adivinhar em qual e muitas vezes nem se pode ir em busca dela. Somos martirizados pelo simples fato de sabermos de sua existência. A janela do quarto torna-se ao mesmo tempo amiga e inimiga, confidente e carrasca; mas é através dela que a dor ameniza, ainda que minimamente. Mas nem tudo está perdido...
Por outro lado se há a possibilidade, ainda que remota, de matar essa saudade ela se torna boa, se transforma num outro sentimento chamado esperança, capaz de operar milagres. Passa-se a outro estágio, o da ansiedade (e haja caixa de bombom em casa pra agüentar essa fase!), da euforia de querer fazer tudo ao mesmo tempo, de querer que os minutos passem na velocidade dos segundos e assim por diante. E apesar dele se recusar a passar rápido, quando o momento tão esperado chega, é indescritível e faz valer a pena todo aquele tempo ruim que passou antes (e os quilinhos extras frutos do chocolate).
Um abraço, nada é capaz de vencer tão bem a saudade como o abraço! Sentir o carinho da outra pessoa, o perfume, o calor, tudo o que ele proporciona tão bem apaga qualquer resquício da saudade. A contradição é que não seria assim se não houvesse o afastamento, a dor, a angústia, a ansiedade, o tempo, enfim, se não fosse justamente pela saudade. Estranho pensar nisso, no mínimo confuso; mas é exatamente assim que funciona.
Saudades do que se perdeu, do que nunca se teve, do que poderia ter sido; saudades doída, gostosa, verdadeira, encobridora; de amigos, de amores, de familiares, de tempos, de objetos, de valores... saudades fazem parte daquilo que somos, ajudaram a nos construir; acabei de me dar conta disso. Pra não correr o risco de virar um saudosista e viver de passado e esquecer-se de viver, melhor recorrer às sábias palavras do Poetinha, Vinícius de Moraes: “que não seja imortal posto que é chama, mas que seja eterno enquanto dure.” Ainda que em contextos e matérias diferentes, um de amor e o outro de saudades, as palavras servem; saudades dói, mas o tempo amortece e até apaga, não deixa de ser uma chama em nosso íntimo, e como tal não é forte o suficiente para nos maltratar eternamente.
Fica a reflexão e o desejo de que ela nunca destrua sonhos, mas ao contrário, que ela seja motivadora e sirva de alicerce para vôos ainda mais altos e mais bonitos.
O processo é mais ou menos assim: de alguma forma no cotidiano alguma coisa ou alguém se destaca e começa a crescer dentro de mim, tal qual uma bola de neve que rola montanha abaixo aumentando de tamanho cada vez que completa seu ciclo; em certo momento torna-se insuportável guardá-lo por mais tempo e de alguma forma tem que ser expandido, exposto. Como pode ser muito confuso e intenso, tento reduzir a uma palavra apenas, numa tentativa de simplificar algo complexo. Daí eu procuro uma imagem que possa traduzir tal palavra e ao mesmo tempo, que possa me indicar por onde começar a escrever.
Posso pensar em mil coisas, procurar de várias formas diferentes, mas só há uma explosão mental quando os olhos batem Naquela figura; é como se nela residisse todo o mistério que até então não sei explicar nem descrever em palavras. É como se de repente as idéias ficassem claras, abrem-se as cortinas da mente e você percebe que numa das paredes ocultadas pelo breu estava o texto pronto; ele sai como num “vomitado” intenso e de uma vez só. O melhor de tudo é que no final ele não só faz sentido como tenho a sensação de que foi uma das melhores produções que já tinha feito até então.
Não, eu não estou totalmente louca, sei que o titulo ainda não fez o menor sentido, assim como sei que não está interessado num manual de auto-ajuda; nem é esse o meu propósito, mas dessa vez, era importante que o leitor tivesse ciência disso. Porque dessa vez o processo foi rápido e estava (ainda está na verdade) gritando dentro de mim essa simples palavrinha.
Fazem mais ou menos 3 ou 4 dias que uma máxima da sabedoria popular não sai da minha mente “a gente só dá valor ao que tem quando perde”, eu detesto, mas vou ter que concordar dessa vez. Ao contrario do que pode estar pensando, é muito menos mórbido, pelo menos dessa vez! Ninguém morreu nem está nas últimas, nenhum amigo querido ou parente vai se mudar pro outro lado do mundo, também não briguei com ninguém a ponto de cortar relações; apenas estou sentindo falta de algo subitamente retirado do meu dia-a-dia.
Sentimento engraçado esse que é bom e ruim ao mesmo tempo! Parece contraditório eu sei, incompatível, mas não é; muito pelo contrário, os termos dessa contradição caminham de mãos dadas lado a lado. É ruim porque ninguém gosta de ficar longe de quem se ama, ou pelo menos, de quem se gosta muito, é angustiante, frustrante, um horrível sentimento de impotência se aloja em nós e a maior parte do tempo só dá vontade mesmo é de se recolher, ficar deitado quietinho, debaixo de um edredom assistindo filmes no melhor estilo “sessão da tarde” na televisão de preferência comendo pipoca ou tomando vinho. Até que o tempo, que cura todos os males, ou que pelo menos os faz adormecer, agir e transformar esse imenso vazio numa saudade gostosa.
Difícil é olhar pela janela e ver que a cidade é enorme, em algum lugar num daqueles pontinhos brilhantes de luz está a causa de ter saudades, mesmo assim não se pode adivinhar em qual e muitas vezes nem se pode ir em busca dela. Somos martirizados pelo simples fato de sabermos de sua existência. A janela do quarto torna-se ao mesmo tempo amiga e inimiga, confidente e carrasca; mas é através dela que a dor ameniza, ainda que minimamente. Mas nem tudo está perdido...
Por outro lado se há a possibilidade, ainda que remota, de matar essa saudade ela se torna boa, se transforma num outro sentimento chamado esperança, capaz de operar milagres. Passa-se a outro estágio, o da ansiedade (e haja caixa de bombom em casa pra agüentar essa fase!), da euforia de querer fazer tudo ao mesmo tempo, de querer que os minutos passem na velocidade dos segundos e assim por diante. E apesar dele se recusar a passar rápido, quando o momento tão esperado chega, é indescritível e faz valer a pena todo aquele tempo ruim que passou antes (e os quilinhos extras frutos do chocolate).
Um abraço, nada é capaz de vencer tão bem a saudade como o abraço! Sentir o carinho da outra pessoa, o perfume, o calor, tudo o que ele proporciona tão bem apaga qualquer resquício da saudade. A contradição é que não seria assim se não houvesse o afastamento, a dor, a angústia, a ansiedade, o tempo, enfim, se não fosse justamente pela saudade. Estranho pensar nisso, no mínimo confuso; mas é exatamente assim que funciona.
Saudades do que se perdeu, do que nunca se teve, do que poderia ter sido; saudades doída, gostosa, verdadeira, encobridora; de amigos, de amores, de familiares, de tempos, de objetos, de valores... saudades fazem parte daquilo que somos, ajudaram a nos construir; acabei de me dar conta disso. Pra não correr o risco de virar um saudosista e viver de passado e esquecer-se de viver, melhor recorrer às sábias palavras do Poetinha, Vinícius de Moraes: “que não seja imortal posto que é chama, mas que seja eterno enquanto dure.” Ainda que em contextos e matérias diferentes, um de amor e o outro de saudades, as palavras servem; saudades dói, mas o tempo amortece e até apaga, não deixa de ser uma chama em nosso íntimo, e como tal não é forte o suficiente para nos maltratar eternamente.
Fica a reflexão e o desejo de que ela nunca destrua sonhos, mas ao contrário, que ela seja motivadora e sirva de alicerce para vôos ainda mais altos e mais bonitos.
6 comentários:
Jura que eu não ia ser a primeira a comentar. Como você me falou ontem, é preciso dar o primeiro passo.
Como posso ver você ja esta indo pelo caminho certo, nunca tenha medo de expor seus sentimentos pois se os faz é porque ainda os tem...
bjus te adoro da sempre amiga Bruh
Gostei. Não muito extenso, soando poético em alguns trechos. Texto emblemático e envolvente.
Beijos, parabéns.
Kauê.
Biazinha...amei o texto, lindo lindo. Descobri que sinto saudades SEMPRE e isso faz parte de mim!!! hehehehe
É um sentimento puro, doce, com sabor de inocência, que eu saboreio acompanhado com alguns adereços, por outro lado, ele se torna com o fim amargo, aquele amargo gostoso que tem gosto de "quero mais".
Bom, é isso.
parabéns pelo novo blog.
Beijos da Nena que te ama muito e pra sempre!!!
Nossa show d bola!!!
Já pode ser escritora
Vou até fazer uma musica asism. hehehehehe.
Bjs amiga, amei. Vou visitar todos os dias e ler suas historias!
BJão Rodrigo
Oie Bia!
Poxa, muito maneiro esse texto!
me "prendeu" ate a ultima frase! ^^
espero ler outros textos escritos por você, e nesse bolg, nao abandona não eim! rsrs
bjããão amiga!
Divino!
Bia, teu texto descreve perfeitamente, com todos os detalhes, tudo o que acontece quando escrevemos uma obra fabulosa tal qual a tua!
Meus parabéns!
Não deixe de me avisar quando postar a próxima.
Beijos do fã nº. 1 (e amigo também)!
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